Jaqueline Silveira

Dois pedidos de cassação são protocolados contra prefeito afastado de Itaara; saiba mais

Mais um capítulo dos desdobramentos da rumorosa Operação Santidade, deflagrada em novembro de 2022 na prefeitura de Itaara pelo Ministério Público, ocorreu na sexta-feira (25).


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Foram protocolados dois pedidos de cassação do prefeito afastado Silvio Weber (PSB). Um deles foi apresentado pelo ex-presidente do Legislativo, o vereador Robertson Tatsch (PSB), conhecido por Mano Zimmermann, e teve como base a denúncia feita pelo MP à 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ). 


O chefe do Executivo foi afastado, à época, por 180 dias pelo TJ e, este ano, teve a solicitação renovada por mais seis meses. Do mesmo partido e até aliados por certo período, Weber (foto) e Mano Zimmermann se tornaram adversários. Um dos fatos que baseia o pedido de cassação e que constam na denúncia do MP é a acusação de que o prefeito, supostamente, seria “o mentor intelectual” do assalto à casa do vereador, que guardaria provas sobre irregularidades na administração municipal.

 
O parlamentar destaca que, na denúncia do Ministério Público, à qual a Câmara teve acesso, “fica claro o esquema criminoso que ocorreria na prefeitura de Itaara a fim de saquear os cofres públicos”. “Se comprovou através de tal material, oriundo do MP, uma rede de corrupção ativa com diversos integrantes que se beneficiavam diretamente de tais contratos, através de propinas recebidas e ou de vantagens diversas”, descreve Mano Zimmermann na representação protocolada no Legislativo.

 
O ex-presidente ressalta que não há mais detalhes na sua representação pelo fato de a denúncia do MP estar em segredo de Justiça, contudo adiantou que no material constam imagens, vídeos, áudios e mensagens via WhatsApp. O sigilo, entretanto, acabou de ser levantado pelo TJ.

 
Weber, por sua vez, sempre negou as acusações – inclusive do roubo à casa do vereador – e se diz vítima “de perseguição política” por Zimmermann. Sobre o pedido de cassação, seu advogado, Bruno Paim, diz que ainda não teve acesso, mas que “em relação aos processos não há nada definido e tampouco provado”. 


– Ocorre que compulsando os autos vislumbra-se a absoluta ausência de provas concretas de seu envolvimento, o que existe são terceiros citando o nome do prefeito, mas não existe qualquer mensagem ou vídeo, que de fato comprove que o prefeito tenha orquestrado o ocorrido, em nenhum dos casos”, afirma Paim, que aguarda o julgamento de um gravo na 4ª Câmara Criminal na tentativa de reverter o afastamento de Weber. 


O advogado frisa que a Câmara, ao protocolar o pedido, “está ferindo um princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, visto que tais processos estão ainda em fases iniciais, sem qualquer decisão terminativa e conclusiva”.

 
Nesta segunda-feira (28), a Procuradoria Jurídica da Casa apresentará, antes da sessão, os pareceres sobre os dois pedidos de cassação de Silvio Weber.

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